Temos alguns amigos em comum, porque ela é assim, não pode ver alguém que já começa a contar a vida inteira. Não foi diferente comigo, por incrível que pareça sou bastante tímido, mas ela conseguiu tirar minha cara fechada depois de me provar que eu deveria tomar um shot de tequila. Era uma quinta à noite e sexta estaria de pé cedo pra trabalhar, mas “a gente só vive uma vez!” e foi depois disso que meu estômago se revirou.
Era divertido conversar com ela, variava entre os assuntos e de alguma maneira acabava me fazendo morrer de rir em todos. Sua vida era um conto de fadas reverso, seu príncipe por diversas vezes virou vilão e “por isso eu nunca mais vou me apaixonar”, me disse.
Era mentira. Ela mesma admitiu meses depois, rindo. Nunca teve muita sorte no amor, muito inteira enquanto as pessoas lhe davam metades.
Ela é diferente e acho que isso é o que falta hoje em dia, originalidade, é muito fácil nos passarmos pelo que não somos e ela, era diferente de todas as outras. Algumas eram luz, ela era um cometa.
Passageira, como todas as coisas gostosas da vida, mas deixou um clarão que por muito tempo ali ficou. Difícil era esquecê-la, até porque era um pouco desnecessário.
Desculpa se a chamei de passageira, errei. Ela é a motorista. Te leva por onde bem entender. Em certas noites me tirava da realidade e sem eu ter tempo pra respirar, me jogava numa cama. Ela é inteira e por
isso, é extremamente intensa.
Menina forte e misteriosa, cria sua história nas entrelinhas, porque claro, basta o seu sorriso. Me disse esses dias que era de capricórnio, garota quente, nascida no verão e talvez por isso seja tão maleável. Se adapta às pessoas ao seu redor sem nunca perder a sua aura um pouco moleca. Moleca, mas não imatura. Ela brinca, ela ri alto e não recusa uma cerveja de garrafa. Original. Assim ela é. Assim ela sempre será.
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Bruno Amador – clique para me conhecer melhor.