Abdico no início desse texto de qualquer emoção que possa ser transmitida no decorrer dele. Leia por sua conta e risco.
Eu tenho um problema, que não deveria ser um problema, mas em meio a essa loucura que a gente vive hoje em dia, acabou virando um. Eu não sei ser metade. Não consigo me dedicar em pequenas partes, em porcentagens, em parcelas. Eu só sei ser inteiro. Ou estarei contigo de tal forma ou não estarei. E isso acaba afugentando as pessoas.
Eu me dedico demais. Dou bombom, flor e um pedaço do meu travesseiro sem nem pensar duas vezes. Eu me jogo de cabeça, vou com os dois pé na porta e porra, por que todo mundo tem medo disso? Parece que hoje em dia todo mundo tem algum trauma no passado que impede ela de se envolver novamente. Sabe, a vida é muito bonita pra curtir ela sem ninguém ao lado. Vocês falam com mil pessoas ao mesmo tempo e mesmo assim preferem ficar sozinhos. A gente nunca tá sozinho, só tem medo de se aprofundar.
E esse é o problema, o medo.
É medo de se relacionar, de se comprometer, de se apaixonar. Puta que pariu, medo de se apaixonar. Tem medo mais idiota que esse? Não adianta ter medo do futuro se baseando no passado, essa coisa de sentir não é uma ciência exata, cada vez é diferente, pode ser melhor, pode ser pior, mas nunca será igual. Você não pode julgar alguém porque outra pessoa te fez mal. Ter medo do amanhã é viver uma vida baseada no ontem. Não adianta ficar nesse loop. Deixa acontecer.
Daqui a pouco teremos medo de viver, porque… É meio chato viver sozinho.
Eu perdi a conta do número de vezes que já te disse isso, mas se joga. Pega essa franja, prende e vem pra cá. Pode vir com ela solta se preferir. Só não reclama se ela atrapalhar no decorrer da noite.
E isso tudo pode soar como dependência, algo como “preciso de alguém para ser feliz”, mas não é uma questão de dependência, é completamente possível viver sozinho e ser feliz com isso. Só que a graça da vida é transbordar, não se sentir completo. Sair desse mesmo, sair da rotina.
Escolhemos coisas rasas por preguiça de nadar. Relações rasas, com pessoas rasas que quase sempre acabam com algum áudio no WhatsApp. Tá tudo errado, cadê a profundidade? Aquela relação que dá vontade de mergulhar e refrescar a alma, mas não. Preferimos ficar secos.
Secos.
Não existe definição melhor para nós; Nos tornamos pessoas secas, desinteressadas. Viver uma vida assim é abdicar da melhor parte dela, é como pedir uma casquinha e jogar fora o sorvete.
Dar uma chance pro amor acontecer é a melhor decisão que pode ser feita e aquele ditado: “persistir no erro é burrice” não se aplica aqui.
Beije, se apaixone, ame. Quantas vezes for necessário.
A gente sempre vai dar errado enquanto não houver chances para darmos certo.
Me segue no twitter! Follow @brunoamadorhttps://platform.twitter.com/widgets.js
Bruno Amador – clique para me conhecer melhor.