De longe seu vestido azul me chamou a atenção quando a conheci. Sentada numa cadeira na beira do bar ela segura a garrafa de Skol beats em uma mão enquanto mexia no celular com a outra. Sorriu quando eu cumprimentei o barman como se fosse um amigo (a gente era) e perguntou de onde nos conhecíamos. Respondi que tinha ido naquele bar mais do que me orgulhava e ela me disse que eles eram da mesma sala na escola.
Acabamos descobrindo alguns amigos em comum, que acabaram se juntando na mesma mesa no final de semana seguinte. Fui conhecendo seus trejeitos e me encantei de como ela conseguia dominar o lugar. Não que ela fosse o centro das atenções, até porque tinha uma banda tocando sertanejo ao fundo, mas ela conseguia manter o meu olhar fixo. Observei como seus olhos analisavam o ambiente e como calmamente se voltavam ao copo depois de alguns segundos.
Falava com a mesa inteira e depois de um tempo puxou uma das amigas pra dançar, “Paredes” do Jorge e Mateus era a trilha que embalava a sua cintura, sua jeans rasgada e camiseta branca traziam uma simplicidade a complexidade que seu olhar transmitia. Trazia desejo, leveza e uma pitada de mal caminho o seu olhar.
Fiquei um pouco tímido com tanta coisa em uma só pessoa e não falava muito perto dela. Foi depois de algumas cervejas e mais solto que fui conhecer melhor o seu mundinho. Notei de cara que gostava de elogios, todo mundo gosta, mas com ela era diferente, ela queria que eu falasse mais embora pedisse sem jeito pra eu parar.
As semanas passaram e entre uma mensagem e outra fui conhecendo a sua força. Expansiva como ninguém, acabou entrando na minha rotina rapidamente e quando notei o que acontecia, já estava falando com ela da hora que acordava até a que dormia.
Demorei até chamá-la para sair porque o universo conspirou contra a gente e tinha outros planos pra ambos. Viagens, festas, dois meses até ambos conseguirem. Ela veio aqui em casa e comentou sobre cada detalhe do meu quarto antes de me beijar.
Seu beijo era fogo e no calor dos cobertores a nossa chama acendeu. Menina mandona, não gostava de ser contrariada e sempre dava a palavra final entre as suas amigas, mas por algum motivo, era mais aberta comigo. E de fogo em fogo o meu quarto virou testemunho de um incêndio.
Leoa, dominou os meus lençóis antes de entrar na minha pele, não demorou até me envolver nas suas garras e me marcar com seus dentes, sob seus olhos me tornei presa e cá entre nós, é uma delicia ser uma vítima dela.
Bruno Amador – clique para me conhecer melhor. No Instagram e Snapchat: @brunoamador