Sempre gostei da minha solteirice, de manter comigo mais de uma garota que eu pudesse chamar na hora do aperto e eu nunca fui canalha por isso. Sempre deixava clara minhas intenções desde cedo, algumas vezes meu santo batia com uma ou outra que eu me envolvia mais profundamente, dividia cama, sorrisos e algumas palavras. Mas a paixão morria cedo, sem passar de algumas semanas eu enjoava e queria algo novo.
Até que te conheci. Eu não sei quantas vezes já disse aqui, mas o teu jeitinho contido conquistou um espaço no meu coração há anos inabitado. Eu vivia com meus pés no chão, sempre pensando no agora e sem ligar muito pro futuro, mas contigo eu me permiti sonhar. E não foi de uma hora pra outra como parece aqui.
Ironicamente te conheci numa dessas festas à fantasia que a vida faz aparecer, você vestida de anjo acabou provando que tinha, de alguma forma, caído do céu. Não dei muita atenção até te ver de novo e perceber que eu não me perdoaria se não te conhecesse melhor.
Papo vai, papo vem e eu já nem dava mais bola quando alguma força divina resolveu jogar nós dois na mesma praia. Algumas quadras nos separam na cidade que moramos, mas foram precisos mais de 200km pra eu finalmente te encontrar.
E foi um encontro rápido, como todos os outros que tivemos. Cada vez que te via formigava um desejo em mim de te ver de novo e, ao menos comigo, isso não é normal. Talvez pela dificuldade de te ver, não me cansei de ti e muito pelo contrário, me intriguei. Queria saber os teus segredos e desvendar aos poucos cada centímetro do teu corpo. Comecei pelo sorriso e parei no pescoço, o avanço contido provoca essa vontade de quero mais e um ardidinho gostoso no peito.
Teu perfume deu às caras na minha casa, passeou pelo meu quarto e deitou na minha. Ficou preso por uma semana – uma das que melhor dormi até agora – nos meus travesseiros. Perdeu um pouquinho de graça dormir até mais tarde sem o teu cheiro. Mas só um pouquinho porque dormir continua sendo uma das coisas que mais amo nesse mundo. As outras, na maioria, envolvem você.
Justo eu, o cara que só ia gostar de alguém aos 25, que se afastava de qualquer forma de relacionamento, que criava qualquer tipo de desculpa pra não sair com a mesma pessoa duas semanas seguidas, acabei me envolvendo nesse caos que você chama de vida. Essa história mal resolvida, cheia de pontas soltas e vírgulas onde deveriam ter pontos. Sei lá, sempre brinquei que não gostava de pontos finais porque sentimentos não acabavam, eles apenas apaziguavam e por você, o sentimento é crescente.
Cresce cada vez que a minha mão toca na tua e que o teu perfume invade cada centímetro de mim. Cresce a cada semana e cada vez que o meu olhar encontra o teu em meio à multidão. Cresce a cada sorriso teu ocasionado pela troca de olhares e pela felicidade que eu sinto na tua voz cada vez que te ouço falar. Cresce a cada palavra e linha que escrevo sobre ti, a cada parágrafo, a cada vírgula.
E sem ponto final finalizo resolvi finalizar esse texto, porque como disse no título. Às vezes chega um ponto, que cansa…
Bruno Amador – clique para me conhecer melhor
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