Sei que é meio complicado essa coisa de amar, ainda mais se for alguém como eu. Confuso, instável e com uma tendência a ser um pouco inconsequente – muitas vezes minha consciência se distorce devido ao excesso de gim ou vodca no meu corpo – e esquecido.
Mas não desiste de mim, não ainda. Confia que essa coisa de eu não ter coração é só história pra afugentar quem não o merece, no fundo desse peito bate um, gigante e cheio de umas frases bem elaboradas pra dedicar. Que talvez venha passando por uma crise criativa esse ano, mas nada que um pouco do teu perfume e a tua alegria não possam resolver.
Vê se olha com carinho pro nosso amor e pensa no tanto de coisa que pode acontecer embaixo dos nossos cobertores, na quantidade de comida que eu vou te fazer e de história que eu vou criar, uma pra cada personalidade tua, uma pros teus dias de TPM, outra pros teus dias de fogo, algumas pra te animar e outras pra te lembrar que o teu beijo é uma das melhores coisas do mundo.
Vamos devagarinho, me dá a mão que eu te convenço ao resto do corpo mais tarde, pequenos passos porque o apartamento não é tão grande e não é preciso de muito pra achar alguma cama, pequenos goles porque você não é das mais fortes pra bebida, movimentos lentos pra eu sentir teus pelos ouriçarem (e ouvir você rir quando ouvir “ouriçar”) e o mais importante: beijos lentos, pra gente apreciar direitinho o gosto um do outro, bem devagarinho, morena.
Eu sei que o tempo anda difícil e a vida tropeçando, brigas em casa, teu trabalho te massacra, tá tudo muito caro e sair pra balada ou jantar toda a semana vai nos levar à falência. Então vamos ficar no básico, cinema ou algum barzinho. Se quiser vem aqui ou eu vou aí, atravessar a cidade é meio complicado, mas não quero muito de ti. Te acho linda de moletom e sem maquiagem, se quiser traz uma troca de roupa, mas não é no teu rímel ou base que eu reparo quando estou contigo. É pelas as histórias que a profundidade dos teus olhos contam e por esse sorriso danado de lindo que eu me encanto. Isso sem falar do teu bumbum.
Mas se a gente vai juntinho, vai bem. Então vamos juntinhos, dedos entrelaçados, Sol no rosto e olhar pra frente, vamos nos resolver naquela festa que você sempre quis ir. Aquela na praia, sabe? Vamos juntos. Se quiser você pode me mostrar o caminho; Sempre gostei de te ver caminhando de costas, teu gingado como se fosse dona da rua, tuas pernas que mais parecem esculturas, tuas entradinhas no início das costas e o teu cabelo, tão lindo, escuro e cheio de nós. Você com um pouquinho de mim e eu com um pouquinho de você.
Nós, bem juntinhos. Sei que esse não é o método mais convencional de demonstrar algo, mas eu nunca gostei muito do “normal”. Depois me avisa o que achou da ideia, morena.
Bruno Amador – clique para me conhecer melhor
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