A gente sempre teve essa mania de se afastar

Parte minha culpa por sempre ser tão intenso, nunca soube controlar o que demonstrava e queria você por completa logo de uma vez. Parte culpa sua, que sempre teve esse pé atrás com tudo, principalmente comigo, embora você nunca tenha admitido claramente, pelas entrelinhas dava pra entender que eu te envolvia de um jeito diferente. Parte culpa nossa. Essa sintonia fazia com que tudo acontecesse muito rápido e a gente sabe que contigo as coisas tinham que ser mais lentas. E isso não se aplica só ao relacionamento. Teu jeito felino podia acabar se assustando e esguia, você sempre conseguia sumir antes que eu pudesse falar qualquer coisa.

E eu, que nunca fui a pessoa mais segura, ou calma, acabava me assustando também. Estar contigo era como pular de bungee jump, tudo de uma só vez, sem muito tempo pra processar o que acontecia e eu odeio não saber onde estou pisando. E você era 8 ou 80, um amor pela manhã e quase uma pedra à noite. Isso quando não resolvia me ignorar, eu ficava maluco, não sabia como agir e me cansava de ti com a mesma velocidade que me aproximava novamente meses depois. Embora eu passasse segurança e até parecesse saber o que estava fazendo, me perdia toda vez que te via.

A verdade é que a gente era muito novo, eu queria viver mil histórias e você nunca confiou muito em mim, admito que esse pé atrás era justificado pelo meu histórico. Só que você também nunca foi flor que se cheire, esse rostinho todo angelical escondia tuas peripécias. Teu jeito simpático me atraiu e o teu papo me fazia ficar. Imagino que a possibilidade de virar história te aproximou e foi o jeito que te trato que te fazia ficar.

Só que a gente nunca ficava muito tempo, às vezes eram semanas, outras meses, mas eventualmente nos encontrávamos em algum lugar com pessoas diferentes ao nosso lado. O nosso santo bateu, mas essa coisa de amor da vida não combinava com a gente. Era muita responsabilidade pra pouca cabeça.

Só que o tempo passou. E de tantas histórias acabei resolvendo adicionar capítulos novos na tua, devagarzinho, como você gosta, fui mostrando a ti que, parafraseando Caetano, às vezes um carinho faz bem. E de carinho em carinho, beijo em beijo, você foi ficando, não que você ainda não tenha seus momentos de pé atras e resquícios de bipolaridade, e eu não tenha meus momentos de instabilidade, mas fomos ficando, e ficando e quando me dei por mim estava contigo sob meu peito conversando sobre qualquer coisa. Te ouvia falar, reclamar e não conseguia piscar quando te via rir.

Naquele momento eu me toquei que não queria te ver ir embora, não agora, ou amanhã, não tão cedo. E sem meios melhores pra demonstrar, resolvi resumir em duas palavras o que tenho pra te falar.

Bruno Amador – clique para me conhecer melhor

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