Não sei bem do que gostei em ti. Talvez tenha sido a mordida que você dá no lábio sempre que eu te trago pra perto. Essa mordida discreta é um sinal de que coisas maravilhosas irão acontecer dali alguns segundos. Eu acho que o simples fato de te ter por perto já é um sinal que coisas boas estão para acontecer, dificilmente algo que saia de ti não é bom.
Ok, não foi a mordidinha. Foi o teu pescoço, sempre com algum colar, ele é um convite pra minha mão, parque de diversões pros meus dentes e alvo secundário pra minha boca. Teu pescoço é o caminho pros teus lábios. Passagem obrigatória se a pessoa quiser repetir a dose. O teu pescoço é a chave para o paraíso.
Esquece o pescoço só pode ser a tua barriga. Os ossinhos da tua bacia são uma ode às barrigas, eu tenho uma teoria que as coisas são mais bonitas quando você deita, esses ossinhos irão confirmar a minha constatação. A pele lisa fica linda quando se avermelha com marcas de unhas e mordidas. É delicioso morder a tua barriga e assistir a tua cara de boa moça sendo desmontada conforme eu desço pelo teu corpo.
Ou será que foi a tua organização que me cativou? Cada coisa tem um lugar na tua vida, teu estojo tem mil e uma canetas, teu caderno é recheado de post-its e teus relacionamentos são claros, nunca existiu espaço pra algo indefinido, amigos eram amigos, ficantes eram ficantes e eles não se misturavam. E eu sempre tão bagunçado, sempre sem nenhum rótulo te mostrei que às vezes é bom pegar a mão de alguém e sair por aí sem rumo. Gosto de ser essa indefinição ambulante.
Quase esqueci de cogitar teu jeito sempre alegre faça chuva, faça Sol, você tem um sorriso no rosto. É como se o mundo fosse uma espécie de festa tendo você como atração principal, tua existência dá razão para eu sair da cama nos dias frios e encarar a rua nos dias quentes. Gosto do teu jeito desinibido sem vergonha de ser feliz , o tipo de pessoa que sai na chuva só pra sentir ela cair, que entra de roupa na piscina porque bebeu demais, o tipo de leveza que eu preciso no meu dia a dia.
Também tem o teu jeito meio sem jeito quando alguma besteira é dita, da tua tentativa sempre falha de escapar do meu braço quando sente ciúmes. Gosto até do teu ciúmes bobo, como se alguma outra garota tivesse a capacidade de ocupar o teu lugar na minha vida.
E como não lembrar do teu olhar de deboche, encarando o teto sempre que eu faço alguma piada idiota?
Mas tudo isso é grande demais, não foram as coisas grandes que me atraíram, eu sou cativado nos detalhes, pela cor do teu olho, pela pinta no ombro, pela covinha que se formam nas costas, pelo desenho das sobrancelhas e quase sempre pelo sorriso. Mas com você foi diferente entre tantas curvas e cores que formam fui deixar me envolver pela simplicidade das tuas sardas.
Bruno Amador – clique para me conhecer melhor
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