Acordou e sentiu o Sol tocar seu rosto, se enrolou no lençol enquanto as horas passavam lá fora. Deixou o mundo girar enquanto o dela ficou parado. Quis sentir a sutileza de um beijo de bom dia com gosto de suco de laranja. Esboçou um sorriso sem graça ao receber o elogio que lhe dei e desfilou pela casa descalça usando uma blusa larga, deixando de fora suas pernas que caminham devagar, nos pés optou por meias soquete ao invés de chinelos.
Lava o rosto e se troca em um piscar de olhos. Com uma saia e e blusa estampadas prova que não existe nada nesse mundo que não possa ser aperfeiçoado, estava linda. A blusa deixava à mostra seus ombros recobertos por alguns fios de cabelo, que às vezes prendiam no seu colar. A saia contornava sua silhueta trazendo à tona a miscigenação brasileira, sobrenome português, ascendência espanhola e a pele morena, provando que as mulheres daqui são as mais bonitas. A rasteirinha complementou seu visual e saiu de casa mostrando ao mundo como o simples pode ser elegante.
Cumprimentou o porteiro antes de sair e com um sorriso no rosto agradeceu a caixa da padaria depois de pagar o seu café. Levava aonde ia um pouco de felicidade, era como se as coisas começassem a funcionar somente a partir do momento em que ela passasse, era cena de cinema o jeito que caminhava pelas ruas equilibrando o celular em uma mão, os óculos escuros e o copo de café em outra. No meio de tanta monocromia ela quis ser aquarela e saiu por aí colorindo o dia de todos que a viam passar.
Fazia Sol e era visível a sintonia que ela e o astro compartilhavam, ambos se entendiam, sua pele reluzia a luz que ele emitia, mostrando que a Terra, ao menos naquele momento, tinha duas estrelas. Suas roupas leves, balançavam com a brisa, revelando alguns centímetros da sua coxa, o suficiente para que ela segurasse a saia com um riso sem graça no rosto. Nasceu na cidade, mas carrega consigo um pouco do espírito praiano, chinelos e sandálias são peças fundamentais na sua mala de roupas.
O colorido das estampas complementam o seu sorriso, a leveza do tecido transmite o peso da sua alma e faz com que o vento balance a sua saia enquanto esvoaça seu cabelo. Ela é praia no asfalto, é flor que desabrocha em pedra, é Sol em dia nublado. Ela é infinita e tem um pouco de alegria para dar à todos que a cercam. Até por isso, desde que a conheci, não sai mais do seu lado.
Bruno Amador – clique para me conhecer melhor
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