A gente voltou

Faziam dezoito dias que não nos falávamos. Dezoito dias sem ouvir sua voz desafinada em áudios cantando Bruninho e Davi, dezoito dias sem dizer que como cantor você é um ótimo publicitário. Dezoito dias sem te convidar pra um rolê furado que toca pagode e a cerveja é barata, dezoito dias sem discutir sobre qual estação vai tocar na rádio do carro. Dezoito dias sem você me chamando de marrenta e sem eu dizendo que tu é um imaturo de merda.

O mais estranho é que eu não estava sentindo nada. Nem raiva, nem amor e ainda menos saudade. Até que dezoito dias depois você surgiu como a notificação que desencadeou um misto de sentimentos que só você me causa. E quando me dei conta, lá estava eu de novo rindo para tela do celular e cantando Clarice Falcão, lá estava você de novo me enviando músicas do Twenty One Pilots que sempre estão no status do seu WhatsApp. Lá estávamos nós de novo falando sobre coisas idiotas e dando risada juntos.

E naquele instante entendi porque dezoito dias de distância não me atingiram, acho que eu estava entorpecida numa espécie de piloto automático emocional sabe quando as coisas não estão ruins, porém não estão incríveis elas apenas estão? Era assim que me encontrava, até que você voltou. Mas calma lá, não vá se achando a última Coca Cola do deserto. Eu só estou dizendo que sim querido, posso viver tranquilamente sem você, mas eu gosto mesmo é de te ter do meu lado.

E agora eu tô que sou só felicidade, preguei dois grampos na bochecha e tenho sorrido mais que o Tiago Iorc na capa do último CD. Até meu chefe notou que depois das 10:30 – Horário que você me manda bom dia – eu fico muito mais desperta, com um humor tão bom que nem a Gisele (Aquela cliente que nunca está satisfeita com nada) consegue me tirar do sério. Qual o problema se uma nota de R$73.000 atrasou e a empresa vai ter que pagar multa? E daí que a chuva parou o trânsito e o ônibus demorou 45 minutos para fazer a curva que entra na Marginal? Quem liga se essa semana tem dois seminários e três provas para fazer?

A gente voltou! Tudo bem que dentro de dois meses a possível queda do São Paulo para segunda divisão, unida ao meu prazer em te zoar, pode nos levar a outra grande briga e mais dezoito dias distância. Contudo, enquanto nada disso acontece, vamos nos contentar com as pirraças diárias – que na real causam mais risadas do que brigas em si – para abusar da companhia um do outro. Pra assumir que adoro ser o ombro no qual você reclama do dia cinza, e que amo mais ainda o fato de você não desistir de mim.

E como diria Clarice Falcão, “Polícias abaixem as armas e troquem carícias. A gente voltou!”

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