Tô ansioso pra você chegar. Acordei mais cedo hoje e fui dormir mais tarde ontem. Na verdade, nem sei se consegui dormir. Tô ansioso pra te ver chegar. Olhar pra você quando abrir a porta, perceber a sua reação ao me ver sentado no sofá apenas no aguardo. Faz muito tempo que não te vejo, e hoje, é um dia diferente dos últimos: um dia com você.
Tô ansioso pelo teu caminhar, pelo jeito que você andava, elegante e tímida ao mesmo tempo. Nada de nuvens ou de metáforas relacionadas às estrelas: eu só queria que você soubesse como anda lindamente. Sem firulas. Um jeito gostoso de passear.
Tô ansioso até pelo seu olhar, aquele meio de lado, que te pega de surpresa, e quando percebo, já tô vidrado de novo. Talvez daqui uns dias seja preciso que eu me dê uma afastada de você, pra não ficar muito chato toda essa matança de saudade minha.
Tô ansioso pelo seu andar, o décimo terceiro da Rua das Figueiras, onde passei tanto tempo que já me sinto em casa quando entro pela porta. A saudade de pegar aquele elevador, e ver você do outro lado da porta me esperando, é grande também.
Tô ansioso pelo seu devagar, quase parando, que me freia nas horas em que me encho de ansiedade. E essas horas não são poucas. Eu sou uma bomba relógio e você é o fio vermelho que se corta e para meu contador. E é exatamente lindo e certo comparar o amor a uma explosão tão grande.
Tô ansioso pelo desabar, em cima da cama, em cima do sofá. Em cima da mesa, tanto a de jantar, como a de bilhar, que fica no salão de festas. O zelador com certeza já cansou de limpar nossa bagunça, e vai reclamar muito dessa sua volta.
Tô ansioso pelo seu badalar, o seu festejar, a sua graça de se propagar como alegria numa noite.
Ouço uma campainha, e deve ser você.
Tô ansioso pra matar a ansiedade.
Lucas Fiorentino – clique para me conhecer melhor.
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