Me dá a mão

Não sei se você já reparou, mas eu observo atento cada movimento teu e sempre tento achar algum jeito de chamar a tua atenção, às vezes com graça, às vezes te ajudando, às vezes só sendo eu. Sem querer venho colocando teu nome em todo tipo de frase, sempre descubro algum jeito de comentar sobre você nas conversas, é involuntário e conforme te conheço, mais essa mania piora. De pouquinho em pouquinho fui entrando no teu mundo e agora me dei conta que esse pouquinho, virou coisa pra caralho e eu praticamente me perdi em você.

As tuas fotos na capa de alguns textos eram inicialmente só pra evitar problema com direito de imagem, mas agora é uma questão de reconhecimento, você faz parte das minhas histórias.

Sem te contar peguei emprestado alguns jeitos teus e coloquei nelas, tua versatilidade e alegria decoram meus contos, teu jeito meio lento dita o ritmo das minhas linhas e teu gênio forte dá a entonação necessária na leitura. Se eu fizesse um livro agora com certeza iria ficar parado nas prateleiras, adaptando Clarice Falcão, quem iria comprar um livro sobre uma pessoa só? E eu já jurei pra mim que não iria mais escrever sobre você, mas é impossível. É bom demais viver você.

Foi nas contradições que começamos a nos dar bem, você toda metódica e eu sempre largado, você se organizava enquanto eu deixava para última hora, fomos nos complementando até construirmos algo sólido. A tua exatidão veio de encontro com a minha imprecisão, te mostrei que viver é preciso e impreciso, às vezes é necessário deixar a vida tomar as rédeas um tempinho só pra gente esvaziar a cabeça.

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Texto novo em dez minutos 😉

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Me identifiquei no teu olhar e nos teus jeitos, me encantei com o teu jeito de rir de absolutamente tudo que eu falo só pra não me deixar sem graça e é gostoso saber que a tua bochecha fica vermelha igual a minha quando bebe, é legal imaginar a ideia de dois pimentões rindo completamente entregues à embriaguez. Queria te chamar pra beber, mas ultimamente eu ando tão sem coragem, que o medo do “não” acaba me impedindo e olha que eu nunca fui uma pessoa que teve medo dessas coisas, minha cara de pau se destacava nesses momentos, mas com você é diferente.

Você tem algo que me deixa com um pé atrás, talvez seja algo meu, tenho medo de perder a inspiração dos meus textos e pela possibilidade de não te ter por perto, prefiro não te ter ao lado. Ou talvez eu esteja assustado, há tempos não sentia algo assim, que me desse essa vontade de pular de cabeça sem pensar no amanhã. Eu nunca tive medo de me apaixonar, sempre gostei das paixões grandes e gigantescas, aquela paixão que arde e te põe nos ares, mesmo que a queda depois fosse grande eu olhava para trás e tinha certeza que valeu a pena.

O problema é que eu nunca senti algo tão grande, tão intenso, me assustei com tamanho poder, eu sempre fui de seguir o rio sem pensar onde ele podia desaguar, sempre soube nadar. Só que agora eu sinto que vou pular em uma cachoeira. E tudo que é eu quero é que você me dê a mão e pule comigo. Eu te ajudo a nadar.

Bruno Amador – clique para me conhecer melhor

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