Gosto de você, gosto de quando estamos juntos.
Gosto de quando conversamos até o amanhecer sobre astronomia e música, gosto da sua capacidade -impressionante, diga-se de passagem- de fazer com que uma fila de banco se torne algo legal.
Sabe, posso passar um bom tempo falando sobre as coisas que eu gosto em você, mas… Isso não significa que eu queira casar, ter filhos e viver como uma família de comercial de margarina com você (pelo menos, nada disso agora).
O que mata o amor – ou o que, muitas vezes, poderia vir a ser amor – é essa falha obrigatoriedade de torná-lo eterno, essa vã necessidade de planejar felicidade à longo prazo.
Alguém já te avisou que nós podemos ser felizes sem essa necessidade de compromisso imediato?
Não estou dizendo que passarei minha vida toda pensando da mesma forma, mas é que, atualmente, eu não quero nada muito além do hoje.
Desse jeito, do nosso jeito, com pizzas adormecidas e café na manhã seguinte, com filmes na minha casa e qualquer coisa na sua, sem problemas se quiser dormir aqui por mais de um dia, tá?
Sem pressa, sem peso, sem tanta preocupação, sabe? Pode ser que um dia eu te chame de “meu namorado”, mas, enquanto isso, será que podemos viver sem aquela pressa de uma dependência amorosa?
Quero ser surpreendida nos detalhes, quero caminhar junto, mas também sozinha.
Quero que você, seja parte do meu agora.
E quando chegar o amanhã…
Bem, a gente repete o hoje.
Mariane Santos – Crônicas de Uma Mente Qualquer