Maria

É complicado escrever sobre a Maria. O nome por si só carrega uma história, um dos nomes mais antigos que já existiram. Personagem principal do primeiro livro impresso e mais vendido no mundo e de tantos outros best-sellers, já foi personagem de novela, cinema, série, desenho e tem até música, quantos nomes tem uma música? Era óbvio que a Maria merecia um texto meu. Nada que se compare a alguma criação anterior, mas garanto que vou me esforçar pra ficar legal.

Ela é uma pessoa forte, pulso firme, bate o pé, faz barraco e na maioria das vezes consegue o que quer. Maria fez Jesus transformar água em vinho tamanho o seu poder de argumentação, não brinque com ela. Maria já foi rainha, já foi princesa, já foi cantora, já foi escritora, ela foi de tudo um pouco. Ela é onipresente, consegue estar em todos os lugares a partir do conforto da sua cama, suas amigas são seus olhos e ouvidos em qualquer lugar.

Maria é o som, é a cor é o suor segundo Milton Nascimento, Maria corta lenha no meio do mato e ainda é cobrada pelo Genaro, que todo desconfiado quer saber o que que ela foi fazer lá, Maria causa ciumes até mesmo em música da Sandy e Junior, tamanha sua beleza. A Maria já foi fumaça e percorreu cada canto desse Brasil, levou consigo passageiros e todo tipo de coisa que você imaginar. Já foi mãe de um Sargento de Milícia e teve como arqui-inimiga a Nazaré. A Maria é lei e uma das mais sérias do país. A Maria é multifacetada, é tudo em um, seria impossível fazer um texto que abrangesse todas as suas faces.

Eu acho que não existe nome mais brasileiro que Maria, todo cara alguma vez na vida vai ficar com uma Maria, elas aparecem aos montes nas ruas. E não vai achando que toda Maria é igual não, cada uma tem a sua peculiaridade, algumas coçam o nariz quando mentem, outras não conseguem receber elogios sem soltar um sorriso sem graça, tem as que não consegue dormir com meia e claro, sempre tem aquela toda desengonçada que se engasga até com água.

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Maria é mãe, sempre sobra pra ela cuidar das amigas com coração partido e das amigas que exageram nas doses de tequila, sempre tem algum conselho para dar, nem que seja algo como “manda esse cara tomar no cu e arranja outro”, ela é sucinta e obscura ao mesmo tempo, é preciso entender as entrelinhas dela para descobrir seus desejos, ela não pede um presente, ela comenta que gostou do colar, ela não reclama do filme, ela começa a mexer no celular, ela não fica irritada, ela diz que vai dormir e para de te responder.

Maria gosta do conforto da sua cama, mas se equilibra em cima de um salto como ninguém – é o que ela acha, é companhia pra cinema e bar, pra viagem e noite de filmes, pra Porto Seguro ou Gramado, ela consegue se adaptar à qualquer tipo de ambiente e situação, só não descobriu ainda como ficar calma antes de fazer provas e como reagir à surpresas. Nunca gostou muito de coisas fugindo do seu controle.

Maria é mãe, mas também é filha, é mulher, mas já deu nome a homens é a morena carioca e a branquela gaúcha, é professora, dona de restaurante, a grande paixão de muito marmanjo por aí. Seria injusto escrever algo que a definisse, a Maria é indefinível.

Maria, em 5 letras consegue carregar uma nação inteira.

Bruno Amador – clique para me conhecer melhor

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