Subimos as escadas correndo, ela pediu para eu esperar já sem fôlego, berrei para ela vir logo, odeio esperar. Chegou cambaleando e com os dentes manchados de azul por causa da Curaçau que havia tomado, ela sorriu e perguntou com “demorei?” sorri de volta e abri a porta. Saímos e um vento desgraçado tomava conta do lugar, o Sol estava para se por e ela quis sentar perto da beira, proibi, não queria ser acusado de homicídio culposo, não tinha a intenção de matá-la ao deixá-la bêbada, talvez de no máximo provocar uns arranhões. A cidade aos nossos pés e o Sol na nossa reta, era bem cena de filme.
Ela sentou em uma das cadeiras que estavam ali em cima e observou o mar batendo contra as pedras a sua frente, falou algo como “água mole pedra dura tanto bate até que fura” e ficou e silêncio como se aquela frase fosse uma das coisas mais geniais que havia dito até então, ri dela, claramente o álcool afetou seu julgamento, ela apenas olhou para trás, esboçou um sorriso e voltou para frente, manteve-se em silêncio por mais uns quinze minutos enquanto eu aproveitava para mexer no celular.
Soltou um berro ao ver nossos amigos saindo do prédio rumo à praia e quis ir junto, teríamos que descer de escada pois o prédio era baixinho e não tinha elevador, a preguiça dominou o meu corpo e eu tentei convencê-la a ficar, ela já estava na escada antes mesmo que eu pudesse dizer “Heloísa”, nem tentei reclamar ou argumentar, aceitei a derrota e me dirigi até as escadas, fui descendo devagar e ouvi ela berrando lá de baixo querendo saber onde eu estava, respondi que estava chegando.
Ela estava me esperando no pé da escada com duas ices nas mãos, me deu uma e fomos andando até a praia, aceleramos um pouco o passo para encontrar nossos amigos, nos aproximamos e ficamos um pouco atrás deles, ela queria tirar fotos da paisagem e óbvio que eu fui obrigado a tirar algumas, prazer fotógrafo oficial da Heloísa. Confesso que eu fico embasbacado com a beleza dessa garota, ela me pediu para usar alguma das fotos em um dos textos, me fiz de difícil e disse que não faria isso, mas a carne é fraca demais e não precisou de muito para eu ser convencido da ideia.
Ela combina com essa aura da praia, os cabelos voando ao vento, o som do mar no fundo, posso imaginá-la em algum clipe do Jack Johnson ou Cody Simpson com as bochechas rosadas por causa do Sol, sentada em volta de uma fogueira usando um casaco fino deixando seu longo cabelo jogado de lado sob seu ombro. Ela é uma espécie de anjo sem asa, anda leve e fala suave. Seu nome é Heloísa e ela me faz sonhar.
Bruno Amador – clique para me conhecer melhor
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