Encontraram-se ao acaso
um caso de amor secreto.
Proibido?
Ele gostava da novidade e do perigo
De cara: ela gostou dele.
Ele era doce e piscava lentamente
Ela sempre tinha cafeína demais no sangue e noites mal dormidas nos olhos.
O toque dele curava aquela agitação.
Ele colocava leite no café e alguns cubinhos de açúcar,
às vezes whisky.
Nessas vezes ela o envolvia com as pernas e a noite ia em um piscar de olhos, mãos e quadris.
Ele tinha medo e ela sabia,
queria lhe proteger de um mundo que não nascera preparado praquele coração.
Antes de dormir ela lhe dizia que ele era bom demais,
queria guardar sua alma pra que ela nunca escurecesse.
Ela contava as estrelas e fazia poesias sobre o mar e o céu e como era tudo mais bonito desde que ele chegara.
Desde que ele chegara ela era só poesia.
Poesia e vestidos de verão,
noites em que as bochechas doíam de sorrir
Dias em que o peito apertava de saudade inesperada.
Transbordava.
Ela era outra até pra quem a via lendo jornal na fila do pão.
Outra vez uma menininha.
“Minha menina”
E sorria,
lembrava.
E guardava em segredo, longe dos olhos dos outros.
Perto do coração.
Longe da realidade,
acordando sob o céu da Terra do Nunca
Sem querer crescer jamais.
Giovanna Veronezi (clique e conheça o tumblr dela)
Aqui no site temos um projeto que se chama Quinta Colaborativa (clique no link para saber mais sobre), toda quinta – se possível -aqui postaremos textos que vocês nos enviarem, então se você tiver algo guardado aí, nos mande, se algum amigo seu escrever, fale da gente. Você pode entrar em contato pela chat da página, ou comigo mesmo pelo Facebook. Se você não quiser que seu nome apareça podemos colocar uma abreviação ou nem colocar nada.