Entre as palavras que se disseram
e as que não
encontram-se as que se esconderam
e as que fogem de interpretação.
Dentre tantas dessas,
poucas importam-se.
Palavras vêm e vão.
Deus queira que dentre as ditas
muitas sejam benditas,
que raras sejam maldição.
Palavras jogadas, bem recebidas
conversação,
Destas nascem idéias,
prosopopéias,
servem-se de ação.
No entanto,
à algumas fica vetado
o direito de materialização.
São palavras proibidas,
escondidas,
muito além da razão.
Estas
acabam se esgueirando
por entre as dermes e tecidos
músculos e ramificações.
Atravessam as trocas de roupa
e o toque das mãos.
Escapam até de sonhos contidos,
desejos secretos,
cheios de contradições.
Quem me dera que elas,
que talvez fossem
tão belas,
pudessem tornar-se
ação.
Guilherme Neves Cruz
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