Primeiro você precisa de dois personagens, dois homens, duas mulheres, um homem e uma mulher, vai do seu gosto, eu prefiro a história tradicional, um homem e uma mulher. Ao falar dele, disserte um pouco sobre as experiências fracassadas em relacionamentos, faça parecer que ele procurava Ela em todas as mulheres, façam eles se encontrarem em algum lugar, uma festa, um bar, balada, show, crie seu contexto. Apresente-os através de amigos em comum – essa parte fica mais legal se ele estiver bêbado – faça ele falar com ela, faça ele flertar com ela, como se ele fosse cafajeste, afinal, ele está cansado de desilusões amorosas.
Depois fale dela, mostre uma mulher que assim como ele venha de relacionamentos fracassados, e se você quiser um pouco de emoção faça ela estar em um relacionamento ao conhecê-lo. Assim a trama iniciaria com impecílios, muito mais legal dessa maneira. Pontue os defeitos do atual namorado dela e mostre que nele, nosso mocinho, esses defeitos não existem, como se ele fosse a antítese do namorado da moça, mas não o faça perfeito. Isso será importante para a história.
A moça tem que rejeitá-lo inicialmente, não queremos que ela seja tida como fácil, mas ele tem que sentir que fez um bom trabalho, se não ele perde a confiança, faça eles rirem enquanto conversarem, risos conquistam o público, já disse, o riso é a porta do coração de uma mulher. Ele tem que conseguir o telefone dela, mas não muito rápido, antes ele tem que pensar nela em casa, ter mais alguma desilusão amorosa rápida e aí sim, falar com seus amigos para conseguir o número dela.
Ela tem que ver a mensagem dele enquanto estiver com o namorado, ela tem que sorrir quando ver que é ele. E o namorado deve ter uma pontinha de ciúmes. Faça eles conversarem por dias, semanas. Não enrole muito para fazer a coisa ficar boa, ela e o namorado tem que ter algum tipo de discussão ou briga, assim a história fica verossímil e o nosso mocinho cria uma ponta de esperança. Ela pede pra ver ele para se animar, conversarem um pouco e essas coisas, eles devem, repito, DEVEM, ir para um bar, ou para a casa dele, eles TÊM que ficar bêbados ou usar qualquer coisa que os façam ficar inconsequentes, jaja explico o porquê.
Enquanto eles conversam e riem e bebem, a noite vai passando, eles vão criando laços, o público começa a ficar ansioso pelo beijo. Algo tem que cair no chão, como o controle da televisão caso a história se passe em casa, ou a carteira dele, caso se passe em um par, aí, ambos abaixam pra pegar, e aí meu amigo, é caixa. As cabeças se encontram na busca pelo objeto perdido, os olhares se encontram e as bocas inevitavelmente se beijam, a coisa fica um pouco mais quente, caso estejam em um bar vão para o carro, caso estejam em casa ele puxa ela pra cima do sofá. Repare que ela nesse momento está traindo o seu namorado, mas como ela está bêbada, a culpa é amenizada, assim a história é absorvida melhor, ela não fica como a filha da puta da história, ela é isenta da culpa devido a aura de inevitabilidade que os cerca, afinal, ele é o cara da vida dela.
Ela se toca do que acontece, limpa a boca pega a bolsa e sai correndo, entra num táxi e vai pra casa. Aí, a briga final, quando ela chegar em casa não encontrará o namorado, ela liga pro namorado desperada, mas ele não atende. No dia seguinte, nada do cara, ela entra no Facebook e nota que o status dele mudou para solteiro. Deu a louca no namorado, invente algo.
Aí faça nossa mocinha descobrir onde o nosso mocinho estará a noite , mas sem o mocinho saber, ele estará numa balada, festa, enfim algum lugar com os amigos, uma amiga disse isso à ela por mensagem, assim ela resolve fazer uma surpresa, mas ao chegar na balada… Ele está beijando outra. Ela vai embora chorando, novamente, ele vê a cena e vai atrás, mas era muito tarde, ela havia ido.
Nos próximos dias ele tenta todo dia ligar pra ela, em vão, até que ele resolve ir até a casa dela, começa a berrar na rua querendo vê-la (essas coisas escandalosas e públicas arrancam suspiros das pessoas, mas não são recomendáveis na vida real) ela envergonhada e puta da vida, o mandar calar a boca, ele negocia a subida para o apartamento e ela acaba cedendo. Eles conversam, ele pede desculpas – como se ele tivesse uma bola de cristal para saber que ela estava solteira – enquanto mexe no cabelo dela, até que começa a declaração, ele diz coisas fofas, “nunca senti algo assim”, essas coisas sabe? Após por o cabelo dela atrás da orelha, ele se aproxima da sua boca, ela pede pra ele nunca mais ir, ele sorri, eles se beijam. Vivem felizes para sempre ou enquanto eles se aturarem, simples assim.
Bruno Amador – clique para me conhecer melhor
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