Enganamos os outros
Pra que pensem que somos diferentes
Do que nascemos realmente para ser
Enganamos nós mesmos
Como se a mente fosse esquecer
Que a verdade não se esconde por panos na imaginação
Acreditamos em mentiras
Sabendo que são mentiras mesmo
Apenas por conveniência
Desprezamos verdades tristes
Pois a vida já é triste o bastante com as mentiras felizes que inventamos
E a solidão de se viver na verdade absoluta é preocupante
Atribuímos defeitos as coisas belas
Para que percam seu brilho por alguns instantes
Escondendo a real insensatez de como algo pode ser tão perfeito
Veneramos o horrível
Pra que ele se encaixe na nossa porta de entrada
Como um vizinho estranho que nos acostuma com sua convivência
Não contribuímos para a mudança
Porque mudar machuca, dilacera, espanta
Que nem as mentiras
Mas de forma mais real
Em que mundo eu sei que vivo?
Não há certeza, não há verdades
Apenas fatos mascarados pro nosso coração ficar mais confortável
Lá fora eu escuto o horror de quem vive o real
Lucas Fiorentino – clique para me conhecer melhor.
Curta nossa página !