Bobo demais. É assim que você me deixa. Já tentei disfarçar, já bati no meu próprio rosto em frente ao espelho para ver se eu voltava ao normal. Parece um problema crônico, mas é um problema gostoso demais. Quem sabe como curar essa cara de bobo? Quem sabe como curar meus devaneios pensando em você? Espero que ninguém. E mesmo se alguém souber, não vou aceitar essa cura. Esse mundo novo onde eu sou bobo é o que torna as coisas simples uma beleza de se ver.
Quem me vê no ponto de ônibus olhando que horas são, sabe que eu estou apaixonado. A cara de bobo não esconde. Quem me vê na rua passeando com o cachorro, não tem dúvidas do que se passa na minha cabeça. Quem me cumprimenta então, nem se fala. Fico com vergonha, mas não dá pra disfarçar quando a gente ama alguém de verdade.
Olha pra mim que eu caio em tentação. Me faz um carinho que a certeza é inerente a mim. Não sei mais como é não ser bobo. Até minha tia que vem do interior e não me vê a um século, olha pra mim e logo diz “Bobo, bobo, bobo. Essa cara de tonto você não tinha”.
Mas, acho que gostar de alguém é assim. A gente fica com receio de passar vergonha, acaba passando mais ainda e depois não quer nem saber, desde que esteja com a pessoa certa.
Amar é ser um bobo feliz, sem medo de consequências. Só temer o que te faz ficar sério. Porque ser sério é um sinal de que a alma não acha tanta graça da vida assim.
Lucas Fiorentino – clique para me conhecer melhor.
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