Ontem ela pediu para eu escrever algo pra ela e digamos que ela foi convincente na forma de pedir, convincente como poucas garotas conseguem ser, ela provavelmente me conhece e sabe como eu adoro umas indiretas atravessadas, daquela que jogam na cara de quem recebe a mensagem o que você quis dizer nas entrelinhas, gosto de pessoas assim, não tão diretas, mas também que não sejam impossíveis de compreender, odeio quebra-cabeças e não irei quebrar a minha para entender alguém. Porém o problema é que eu não tenho ideia do que falar sobre ela, talvez seja porque ultimamente eu tenha ocupado minha cabeça em como ganhar a bendita liga inglesa no FIFA – quem joga sabe o meu drama.
Até que tive uma ideia, uma não, várias, sou assim, quando eu tenho uma ideia, vem uma enxurrada junto, minha mente trabalha com produções em série, basta iniciar a máquina que ela começa a produzir em larga escala. Irei expor no decorrer do texto as minhas ideias conforme elas surgiram na minha mente.
Talvez eu devesse escrever sobre as bochechas dela, não que elas ficam vermelhas quando sem graça ou quando ele bebe, isso todo mundo sabe, pelo menos todos que me lêem, escreverei sobre como elas são grandes e dão ao rosto dela uma aparência infantil que deixa a estadia com ela muito mais engraçada devido às piadas que eu posso fazer com tal assunto. Rapidamente desisti dessa ideia, não conseguiria discorrer muito sobre isso.
Talvez eu devesse falar do tamanho dela, como ela tem que ficar na ponta do pé para poder alcançar a minha boca – confesso que eu facilito pra ela abaixando um pouco – ou talvez, eu devesse falar de como é engraçado ver no seu rosto toda a vontade que ela tem de me beijar, como ela não consegue esconder quando morde os lábios e como a voz dela fica mais suave quando a vontade começa a transbordar, mas aí desisti novamente, meu texto iria acabar virando um roteiro de filme pornô e eu não quero que pensem coisa errada de mim, ainda mais ela que já jogou na minha cara que eu sou um cara do tipo “não se apega não”, um absurdo ela pensar isso de mim! Nunca dei motivos.
Talvez eu devesse falar de como ela não sabe se expressar pelo teclado do celular, não é que ela não saiba digitar, ela não erra palavras, ela não sabe é amenizar um pouco a frigidez do WhatsApp, ela sem querer é super grossa por mensagem, mas o susto passa no primeiro áudio que ela manda, a voz doce dela deixa claro que talvez, eu disse talvez ela queira conversar comigo, ênfase no talvez porque ela é meio de lua, na quarta ela quer sair com você e na sexta ela arruma alguma desculpa para não sair, mas não gostei muito da ideia, eu podia fazer melhor.
Talvez eu devesse falar de como é divertido irritá-la, como ela fica engraçada quando perde a linha ou quando ela não recebe o elogio que esperava, talvez eu devesse falar de como ela não consegue ficar irritada comigo, porque eu simplesmente ignoro o fato de que ela está brava e continuo agindo normalmente e o meu “normal” com ela, não é tão normal assim, admito que eu gosto de falar com ela porque eu sem querer a imagino sorrindo no fim de cada frase minha, talvez por isso ela não consiga ficar brava, eu sempre tento arrancar uma risadinha, mesmo que seja bem rápida.
Talvez eu devesse falar da beleza dela, estonteante, deslumbrante e todos esses adjetivos que expressem coisas maravilhosas, porque ela é, de fato, sem sobra de dúvidas, maravilhosa, ela é o tipo de pessoa que no alto dos seus 1,60 chama a atenção de qualquer cara numa balada, ela tem essa beleza meio de novela, elegante, mas sem deixar parecer que ela é esnobe, o olhar dela esconde um certo fogo, você tem vontade de tentar beija-la assim que bate o olho nela é inerente à todo e qualquer homem – hétero – essa vontade, é natural. Mas eu achei que isso seria chover no molhado, então tive uma ideia melhor.
Talvez eu devesse falar em um texto de todas as minhas ideias e inclusive dessa ideia, assim eu ia parecer algum gênio por ter feito isso, e aí arrancaria uma risada dela ao falar isso. Ah, quase esqueci, eu prometi à ela que não revelaria o seu nome, mas relaxa, o sobrenome é segredo.
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