Você e eu, algo simples de se ver, difícil de entender. Pegadas acontecem com força, deixando marcas sob roupas, visíveis a olho quando nu. Você e eu, a prova viva de que dois corpos ocupam o mesmo lugar no espaço quando há calor no meio e o espaço em questão, é o estofado do meu carro. Você e eu somos confusos, nos entendemos entre tapas e beijos, muitos beijos, e tapas só da sua parte. Eu sou vítima da sua agressividade.

Parceiros de briga de travesseiros e filmes de terror madrugada a dentro, melhores amigos, confidentes, mas não ouse nos chamar de namorado, odiamos compromisso, embora você odeie quando eu digo que já volto e só te chame as 6 da manhã do dia seguinte, juro que eu não fiz nada que você não faria, isso provavelmente é o que a irrita mais, eu não fazer nada que ela não faria, porque..
O que ela faria ?

Sem compromisso, não ouse nos dizer o contrário, embora eu fique irritado quando ela resolve sumir e só pega de novo no celular de novo no meio da noite, “eu tava estudando”,  você só estuda mulher quer passar em medicina ? Odeio também quando ela resolve as 8 da noite virar pro lado e dormir, isso é um dom, estamos conversando e repentinamente ela para de responder qual é ? Mas ok, sem compromissos

Você e eu vivemos em guerra,  só que o fogo aqui é sempre amigo, somos vítimas um do outro, a nossa guerra tem como função promover a paz, de espírito. Enquanto você reclama do seu dia como uma metralhadora, eu com a precisão de um atirador de elite miro a tua cintura, meus tiros quase sempre são certeiros e te deixam atordoada, perdida entre tanta vontade você se joga na cama, o resto ? Não tenho o compromisso de contar.